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GENÉTICA EM MOMENTOS DE CRISE: INTERROMPER OU INVESTIR?

Certamente, a manutenção da evolução genética do rebanho bovino é de vital importância para a indústria pecuária, uma vez que isso afeta diretamente a qualidade e a produtividade do rebanho, bem como os aspectos econômicos relacionados à produção de carne e leite. A interrupção de investimentos em genética pode ter sérias consequências a longo prazo, que afetam não apenas a geração atual, mas também as futuras.

As matrizes, a base da produção pecuária, desempenham um papel fundamental na produção de gado. São elas que geram os bezerros que se tornarão futuros animais de corte ou leite. A qualidade genética dessas matrizes influencia diretamente o desempenho e a produtividade de todo o rebanho. Portanto, investir na seleção de matrizes com genética superior é crucial para garantir a evolução contínua da pecuária.

A ruptura nos investimentos em genética pode levar a uma estagnação ou até mesmo a uma deterioração na qualidade do rebanho. Sem a seleção cuidadosa de matrizes com base em critérios genéticos, as características desejáveis, como ganho de peso, eficiência reprodutiva e qualidade da carne ou leite, podem diminuir ao longo das gerações. Isso irá resultar em animais menos produtivos.

Além dos impactos na qualidade do rebanho, a falta de investimento em genética gera prejuízos econômicos significativos. Animais de baixa qualidade genética consomem mais recursos, como alimentos e cuidados veterinários, enquanto geram menos retorno econômico. A produtividade reduzida e a qualidade inferior da carne ou do leite podem resultar em preços de mercado mais baixos, afetando diretamente a lucratividade dos produtores. Nesse contexto é comum observarmos nos leilões Brasil a fora lotes de mesma categoria sendo comercializados no mesmo leilão com diferenças significativas de preço, a razão é gritante aos olhões dos compradores, a qualidade dos animais.

Quando a evolução genética é interrompida, é difícil recuperar o tempo perdido. O retrocesso genético pode levar gerações para ser superado, uma vez que a seleção de alta qualidade é essencialmente um processo cumulativo. Recuperar a qualidade genética perdida demanda tempo, recursos e esforço significativos.

Para evitar a ruptura nos investimentos em genética e seus impactos negativos, os produtores podem adotar estratégias como:

– Implementar programas de seleção criteriosa, usando informações genéticas avançadas.

– Realizar melhoramento genético através de sêmen de touros melhoradores que pode ser via inseminação artificial ou touros em monta natural.

– Acompanhar e registrar dados de desempenho dos animais para auxiliar na tomada de decisões genéticas.

Investir em genética representa o caminho tecnológico mais eficaz e rápido para aprimorar a eficiência na produção de animais. Assim como avanços tecnológicos revolucionaram a indústria automotiva, a seleção genética permite uma rápida melhoria nas características desejáveis do rebanho bovino. Enquanto tecnologias automotivas evoluíram para melhorar o desempenho dos carros em termos de velocidade, consumo de combustível e segurança, a genética atua de maneira análoga, permitindo que os produtores selecionem características específicas, como ganho de peso, precocidade sexual, idade ao primeiro parto, eficiência reprodutiva entre outras. Assim como um carro aprimorado proporciona benefícios imediatos, a seleção genética gera resultados palpáveis em curtos períodos, acelerando a evolução do rebanho bovino para níveis superiores de produtividade e qualidade gerando retorno de investimento mais rápido.

A manutenção da evolução genética do rebanho bovino é essencial para garantir a sustentabilidade e a competitividade da indústria e gerar lucratividade para o amigo produtor.

Alexandre Bispo

Economista e Pecuárista

@fazprogresso

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