Startup recebe aporte para monitorar vacas

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Além da coleira com chip, a empresa oferece ainda o Cow Med Assistant, um serviço composto por veterinários e zootecnistas que dão informações ao produtor sobre a saúde dos animais.

A startup Chip Inside receberá o primeiro aporte do fundo de investimento Criatec III, fomentado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e gerido pela Inseed Investimentos. A empresa terá R$ 2 milhões para desenvolver o monitoramento de vacas leiteiras.

Lançado em 2016, o terceiro ciclo do Criatec tem duração de dez anos e planos de investir R$ 220 milhões em 36 empresas. Alexandre Araújo, diretor da Inseed, conta que a escolha da Chip Inside aconteceu porque a startup atendia à perspectiva do fundo. “Nossa visão é de que as empresas se tornem referência de inovação no Brasil”, diz.

Ao escolher startups nos setores de agronegócios, biotecnologia, nanotecnologia e tecnologias da informação e comunicação, o Criatec 3 quer achar soluções para problemas relevantes do mercado, comenta ele.

No caso da Chip Inside, o “DNA tecnológico” da startup foi determinante para a aprovação do aporte. A empresa, fundada em 2010, criou um colar para monitorar a ruminação das vacas. Posicionada próxima à mandíbula, a coleira faz um monitoramento minuto a minuto do alimento que o animal ingere, mastiga e finalmente deglute. Por meio de inteligência artificial, o dispositivo analisa os dados e detecta quando o animal precisa ser examinado, se há algo de anormal com sua saúde e se está próximo do período de cio.

Diferencial

A partir de pesquisas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), os fundadores da startup, Leonardo Guedes e Thiago Martins, tomaram como inspiração um sistema de monitoramento para gado desenvolvido em Israel e decidiram implantar algo semelhante no Brasil. “Achamos que esse modelo teria uma boa aceitação, levando em conta o nosso cenário agropecuário”, afirma Martins.

Segundo o executivo, o diferencial é o que a Chip Inside decidiu fazer a partir das informações coletadas pelo colar. “Existiam algumas inovações parecidas no mercado e, por isso, decidimos ter um foco na saúde e bem-estar do animal”, explica. Assim, além da coleira, a startup oferece o Cow Med Assistant, serviço composto por veterinários e zootecnistas, que fornecem ao produtor as informações que este precisa ter sobre seus animais.

Os dados coletados pelos colares são armazenados e analisados na sede da startup. A própria Chip Inside alerta o produtor quando os animais precisam ser examinados, evitando doenças e possíveis perdas no gado. “Nosso objetivo não é tirar o emprego do veterinário da fazenda, mas auxiliá-lo, fornecendo informações qualificadas”, acrescenta Thiago Martins.

Com taxa de instalação de R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil, a companhia cobra mensalmente R$ 20 por animal monitorado.

Com o aporte do Criatec III, a empresa quer ganhar escala. “Queremos nos posicionar como líder de mercado no Sul em saúde e conforto animal”, diz. O plano é atingir, até o fim de 2017, 8 mil animais monitorados na Região Sul – quatro vezes o rebanho atual. A startup não divulga o faturamento.

De acordo com Araújo, da Inseed, foi essa perspectiva de crescimento que chamou a atenção do fundo.

Fonte: Portal do Agronegócio 

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